O bafon dos bafons em Trizidela do Vale

Meninas, esse bafon eu ouvi todinho naquele salão de sempre... entre uma escova, chapinha e um retoque nas unhas...

O local do acontecido foi ali numas das ruas paralelas ao Santo Antônio dos Oliveiras, casa chique, toda projetada por arquiteto, família bonita, com filhos pequenos.

“O casal tá separado, infelizmente,” comentava a cliente.

“O marido, largou tudo, não se conteve, contou o motivo da separação, a história mais absurda do mundo, para o melhor amigo, que, como se pode imaginar tem outro melhor amigo, para quem vazou e hoje, do Jerusalém a Baixada, não se comenta outra coisa na Trizidela”, disse uma segunda cliente,  uma simpática enfermeira loira e pode de chique.

Enfim e em resumo.

A esposa tomava aquela ducha em seu suntuoso banheiro. Durante a higiene mais intima ela notou que tinha algo estranho saindo de dentro dela, daquele lugar...

Ela sentiu algo esquisito, passou a mão e percebeu que tinha mesmo algo solido ali. Com a ponta das unhas puxou e de uma vez o objeto saiu, bastante escorregadio.

Assustada, o atirou ao chão e começou a gritar e a gritar por socorro.

Por sorte ou por azar o marido dela estava em casa no momento, ouviu os gritos de desesperos e pavor da esposa, partindo do banheiro.

A porta estava somente encostada. O marido entrou e encontrou a esposa em choque, gritando e apontando o objeto já próximo ao ralo.

“Tava aqui, esse negócio saiu de dentro de mim, aqui”, dizia ela apontado para os quadris.

O marido mirou o objeto e antes de tocá-lo, reconheceu o que era. Um preservativo!!!

- “isso aqui é uma camisinha”, disse ele chocado.

A mulher parou de gritar e mudou a expressão de susto para de medo.

- Mas como uma camisinha, não tô entendendo, bem? – indagou ela.

- Mas é você que tem que me dizer, como ela veio parar ai dentro de você, no teu ... já que há muito tempo, há muito tempo mesmo, que não usamos isso”, respondeu ele.

- “Eu não sei...”, dizia, sem convencer e entendendo que estava diante do maior problema de sua vida.

Do lado de fora, muita gente e até vizinhos, querendo entrar para saber o que tinha levado a dona da casa a fazer tantos gritos de socorro. O marido deixou o banheiro em silêncio e visivelmente abatido. Naquele mesmo dia, ele deixou de ser morador da própria casa.

De volta ao salão...

“Uma grande amiga minha, que é muito amiga dela e que não tem papas na língua foi lá e perguntou na cara dela e me disse a conversa entre elas.”

- “Menina, como uma história louca dessa foi acontecer pra acabar com teu casamento?”

- “Oh, amiga, pra começar, eu nem sabia que esse homem estava usando preservativo.”

- "Ah, ela diz que o marido ficou com a camisinha, para servir de lembrança para ele nunca mais querer voltar pra ela."

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O Carlinhos disse que esse relato o lembrou dessa música estranha e antiga. Ouça. 

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Amanhã tem mais uma de traição em Trizidela do Vale, envolvendo o doutor e sua empregada doméstica.

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