The New York Times revelou
que a Cambridge Analytica, consultoria que participou da campanha de Donald
Trump, obteve dados sigilosos de 50 milhões de usuários do Facebook
O cofundador do aplicativo
de mensagens WhatsApp Brian Acton incentivou os usuários do Facebook a
deletarem suas contas na plataforma, em meio à pior crise vivida pela rede
social desde sua criação. Em postagem no Twitter na terça-feira (20), Acton
escreveu: "It is time. #deletefacebook" ("É hora.
#deletefacebook").
A hashtag circulou pelo
Twitter nos últimos dias, após o jornal The New York Times revelar que a
Cambridge Analytica, consultoria que participou da campanha de Donald Trump,
obteve dados sigilosos de 50 milhões de usuários do Facebook e usou as
informações para ajudar a eleger o presidente americano em 2016.
A manifestação de Acton tem
peso porque ele e Jan Koum, fundador do WhatsApp, venderam o aplicativo para o
Facebook em 2014 por cerca de US$ 20 bilhões. Mesmo depois da venda, Acton
trabalhou até 2017 no WhatsApp.
Segundo o jornal, o acesso
às informações no Facebook era feito através do aplicativo
thisisyourdigitallife, da empresa GSR (Global Science Research), que pagava
usuários para responderem uma série de perguntas e, em troca, a pessoa
consentia que o programa tivesse acesso às suas informações no Facebook, como
localização e likes.
O aplicativo, porém, não
avisava que além dos dados dos usuários, também captava as informações de todos
os amigos, chegando ao total de 50 milhões de pessoas. Esses dados foram
vendidos então pela GSR para a Cambridge Analytica.
Os detalhes do esquema foram
revelados por um ex-funcionário da Cambridge Analytica, e o roubo de dados
teria acontecido entre 2014 e 2015. O governo dos EUA, de acordo com a
Bloomberg e o Wall Street Journal, questiona o Facebook sobre a legalidade do
repasse de dados.
Fonte: Folhapress
0 comentários:
Postar um comentário