Segundo
dados da Sociedade Brasileira de Cefaleia, 95% das pessoas têm dor de cabeça
pelo menos uma vez na vida. Desse contingente, 70% das mulheres e 50% dos
homens sofrem com o mal pelo menos uma vez ao mês. E há 13 milhões de
brasileiros que encaram a dor 15 ou mais dias por mês, o que caracteriza
cefaleia crônica, uma doença que pode ser incapacitante, impedindo que o
indivíduo realize suas atividades de rotina.
São
números que explicam porque a dor de cabeça é uma das principais queixas que
levam a pessoa ao pronto socorro e porque muitos abusam da automedicação com
analgésicos ou encaram uma peregrinação em médicos de diferentes especialidades
até chegar ao neurologista.
“O
passo inicial é distinguir as cefaleias primárias, que são a própria doença,
das secundárias, que são sintomas de outras enfermidades, inclusive doenças
graves, como tumores, acidente vascular cerebral (AVC) e meningite”,
afirma a Dr. Davi Castro, neurologista da Clínica BIOCENTRO de Pedreiras
O
diagnóstico da cefaleia é clínico. Exames de imagem são solicitados apenas
quando há suspeita de que a dor possa ser sintoma de outra doença, ou seja, de
que se trata de uma cefaleia secundária. “As enxaquecas, por exemplo, são mais comuns
em pessoas jovens. Quando temos um paciente fora dessa faixa etária com uma
primeira crise, a preocupação do médico é que pode não se tratar de enxaqueca.
Daí, exames como ressonância magnética, tomografia e de líquor são importantes
para excluir outras causas – não para comprovar enxaqueca”, afirma a
Dr. Davi
Tratamento
Em
ocorrências mais brandas e ocasionais, analgésicos comuns costumam resolver o
problema. No entanto, a facilidade de acesso a esses medicamentos e a prática
da automedicação podem levar a efeitos contrários aos buscados pelos pacientes.
“Recorrer
a analgésicos constantemente é um risco: o abuso desses medicamentos é uma das
principais causas da cefaleia crônica”, alerta
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